Templo de Apollo (Pompeii)


(6) Templo de Apolo
O Templo de Apolo, edifício pertencente ao complexo  do Fórum, é um dos edifícios ou templos mais antigos da cidade juntamente com o Templo Dórico. Encontra-se no lado septentrional da Basilica e é o edifício mais importante à esquerda da Porta Marina.

O núcleo primitivo do templo foi edificado no Séc. VI a.c e parece existir desde que a cidade foi fundada. Sobreviveu pelo menos 3 séculos. Ainda se conservam da época vestígios em terracota pintada.

Posteriormente durante o reinado de Nero(Sec.I), , este foi ampliado e alterado. É este o motivo pelo qual apresenta caractéristicas gregas (colunata no interior da "cella")e Itálicas, contando-se entre estas o plano rectangular com um perímetro rodeado de 48 colunas.

O templo hoje visível data da Época Sunita, o que se pode confirmar pela inscrição existente en el umbral na "soglia" da cella do Questor Oppio Campano.

Como edifício envolvente ao Fórum, originariamente encontrava-se rodeado por 3 lados dum pórtico e foram precisamente algumas dessas colunas (com frisos doricos)  originalmente iónicas que foram transformadas em coríntias (revestimentos a estuque á não existentes) depois do terremoto de 62 d.c, tendo o Templo também sido transformado em Quadripórtico.
O vermelho, amarelo e azul dos capitéis coríntios são precisamente dessa época.
Data da mesma altura, a decoração mural do IV Estilo com imagens sobre a Guerra de Tróia da qual poucos vestígios restam.

Ao interior do Templo (de estilo itálico) acedia-se mediante um par de escadas frontais imponentes, encontrando-se o local mais sagrado num alto podium (época de Silla).

A "cella" encontrava-se rodeada por 30 colunas e era decorada por um mosaico pavimental  de pedras policromáticas, com cubos prospéticos (Scutulatum). Nela encontrava-se uma estátua do Deus Apolo e um "omphalos" em pedra - símbolo ou atributo do Deus  antigamente venerado no santuário de Apolo em Delfos, na Grécia.

Contraposto ao Pórtico encontramos uma representação pagã de "Apolo Arqueiro" (o original no Museu de Nápoles) e uma representação de sua irmã: Diana, caçadora.Curioso referir o estado da escultura em bronze de Apolo...apenas parecem faltar o arco e a seta que em tempos segurava.

Exterior ao templo, do lado esquerdo, e num dos locais donde se erigia uma das colunas iónicas do templo, é ainda possível encontrar um relógio de sol ou meridiana em mármore branco (época de Augusto).
Na parte superior da coluna, encontram-se inscritos os nomes dos que contribuiram para a sua contrucção e com a qual estes pensavam seriam recompensados pelo próprio Deus: Em Latim , o nome de L.Sepanius e M.Herennius - conselheiros da cidade (é preciso não esqueçer que este Templo era um dos edifícios de eleição dos grandes magistrados e das personagens mais influentes da cidade).

Da mesma época, a elevação do muro ocidental do Templo para ocultar a vista das casas vizinhas, ou os jogos em honra do Deus "I Ludi Apollinares".

Na parte frontal do Templo também se contempla um Altar em Mármore Branco da época Republicana. Encontra-se colocado numa base de Travertino e nele se contempla uma inscrição em Latim dos 4 "Quattorviri" que a dedicaram ao Templo.

É essencial referir que este Templo além de ser uma grande referência a nível de antiguidade, é também, um excelente exemplo dum típico templo romano.

O templo Grego erigia-se perto do chão e era dotado dum largo espaço interior para os crentes. Enquanto que o Templo romano apostava num largo espaço exterior para livre circulação dos transeuntes (capacidade para 1000 crentes)e um edifício/espaço interior  elevado do chão, ao qual apenas os sacerdotes eram autorizados a aceder, específicamente o Alto Sacerdote.

Ainda que este templo seja dedicado ao culto do Deus Apolo «Deus da Luz, do Sol, dos Oráculos, protector dos jovens, médico e antiga dividade grega» -o seu culto provinha de Cumae donde existia um famoso oráculo, há quem acredite que também Mercurio era aqui venerado, assim como Diana, a deusa da caça.

Ao Culto de Apolo também se pode juntar o do imperador Augusto. Nomeadamente pela sua adoração fervorosa a este Deus que, segundo este, o tinha levado à vitória de "Azio" contra a rainha Cleópatra e Marco António, no ano 31 a.c.

Na época em que o templo nasceu, o culto desenvolveu-se num espaço aberto com um par de altares sem se caracterizar propriamente dito como um verdadeiro templo típico de épocas mais tardias. Esta ocorrência só se daria com a própria restruturação da área envolvente ao forum.

De referir por último que em tempos Apolo considerado o padroeiro da cidade, foi posteriormente substituído por Vénus. Curiosamente a introdução do culto a este deus parece ter desvanecido o culto ao Deus Hércules. 

Há no entanto que atribuir também uma certa ambiguidade ao culto deste Deus. Não se sabe ao certo se era o protector da cidade ou o protector das actividades comerciais e da «fonte de sustento e riqueza» dos habitantes da própria cidade.

Por falar em cidade encontrará neste local uma das panorâmicas mais belas da cidade, com o Vesúvio "sempre presente" e inesquecível como pano de fundo.







Basilica













(5) Basílica

Na área envolvente ao Fórum, erigia-se a Basílica.
De planta regular e dividida em 3 naves, foi construída na 2ª metade do S.II a.c, contendo ainda decorações do Iº Estilo.

Local donde se administrava a Justiça Civil, discutiam-se aqui as grandes contratações  económicas, sendo um dos edifícios publicos mais importantes da cidade.

Ao fundo da Basílica encontrava-se o Tribunal, donde normalmente se sentavam os magistrados.

Inicialmente foi um edifício coberto, de modo a proteger os transeuntes das intempéries do tempo, uma vez que inclusivamente quando chovia, este se encontrava aberto ao público










Porta Marina

(2) Porta Marina & Cinta Muraria
      (VIII.1.a) Pompeii.
A Estrada da Villa & Porta Marina conduzia ao antigo porto, na altura bastante próximo da cidade.

A Porta Marina era um dos 8 portões da cidade de Pompeia. O seu nome deriva das vistas para o Mar e da sua proximidade.Em tempos foi conhecida pela Porta Neptunia.

Apesar de se encontrar perto do Forum, área central da cidade, nunca foi um dos portões preferidos. A entrada era de difícil acesso dado o caracter inclinado do terreno, que dificultava o trânsito por ela.

Continua, no entanto, a ser uma das portas mais imponentes da cidade, juntamente com a Porta Ercolano. É também a Porta mais recente uma vez que só foi construída no S.II.

A entrada era feita por 2 arcos ou entradas: Uma para uso pedestre e outro para o uso de animais. Em tempos fechadas com uma Porta de Madeira.

A zona murária envolvente data já do Século VI a.c, e tem um comprimento ao redor de 3200 metros. O seu carácter maciço tornou possível a protecção da cidade face a possíveis invasores.

Na actualidade é a porta principal para as excavações / ou ruinas de Pompeia e a primeira impressão visual do mundo antigo para o viajante.

É por isso mesmo, o primeiro portão com o qual tomamos conhecimento.

Na zona envolvente é ainda possível encontrar restos de lojas e casas da antiga cidade.

Quanto ao Mar encontra-se, agora, sensivelmente a uma distância de 1Km.



Villa Marina


(1) Villa Marina ou Villa Imperiale
Situada na muralha exterior duma das Portas da Cidade - a Porta Marina, encontrava-se a Villa Marina.

Datada do Século I.a.c. é um bom exemplo da decoração do III Estilo. Alguma das suas paredes sobreviventes ainda apresentam imagens de temática mitológica.

Nos seus tempos áureos tinha o salão mais sumptuoso de Pompeia.
O que nela mais destacava era a vastidão do edifício e sua esplendida posição panorâmica com vistas para o Golfo de Nápoles e para os montes verdejantes de Stabia.
Encontrava-se situada junto do Templo de Venus, centro religioso e casa da padroeira da cidade. Esta proximidade entre a Villa e o Santuário parece demonstrar claramente a grande influência que detinha o seu proprietário .
Posteriormente este seria expropriado da Villa Imperiale pela sua "animosidade" para com Vespasiano. Um acto puramente político
Foi abandonada depois do terremoto de 62 a.c