Templo di Vespasio (Pompeii)

Foto e Texto em Tratamento

(1..) Templo de Vespasiano

AEDES GENII AUGUSTI


Regio VII, Insula 9, 2


No lado oriental do Fórum (à sua direita), perto do Templo dos Larii e mesmo ao lado do Edifício de Eumacchia , contemplamos o Templo dedicado ao Imperador Vespasiano.

Alguns historiadores mencionam que o Templo terá sido dedicado ao génio Ottavio Augusto (63 a.c - 14), primeiro Imperador Romano e título que lhe foi concedido em 27 a.c
Outros porém dizem que o Templo é dedicado aos Imperadores consequentes, sendo o último precisamente Vespasiano.


Este templo foi construído depois do terremoto de 62 d.c e «é constituído por um amplo pátio , precedido por um vestíbulo porticado» em cuja parede de fundo ou muro se encontrava a "cella" precedida por 4 colunas e colocada num alto podium (tempietto), na qual se encontrava a estátua do imperador».

Ao Tempietto acedia-se através de 2 escadas laterais colocadas ao lado do pódium, uma de cada lado.

Por trás do Sacellum, no muro do fundo do Pátio existia uma porta que dava acesso a 3 quartos utilizados pelos cuidadores deste templo, e do Templo dos Larii, quartos estes que também serviam de armazéns.

Curioso os muros perimetrais com ângulos in laterizio .

Nas paredes da área envolvente encontramos relevos sob formas triangulares e lunares cujo estuque ainda não lhes tinha sido colocado, uma vez que quando se deu a erupção de 79 d.c, o edifício encontrava-se a ser reconstruído. A fachada, toda ela, era de tijolo.


No centro do pátio encontra-se, ainda muito bem conservado, um altar de mármore decorado com baixos relevos, que é o elemento mais importante e interessante do Templo: o Altar em mármore branco.

Dotado de 4 lados, é sobretudo conhecido pela cena de sacrificio dum touro, ocorrência típica dum sacrifício feita em honra do Imperador. 
As 4 faces do altar encontram-se decoradas em baixo relevos sendo a mais importante, aquela que representa a cena que referimos e que constitui a face frontal para quem entra no templo.


Vários aspectos há a referir sobre este assunto:


A imagem do sacríficio tendo como fundo um templo localiza a escena mesmo diante do Templo de Vespasiano, ou um templo muito semelhante ao de Vespasiano, o que faz pensar que este sacrifício poderá ter sido efectivamente realizado aquando da sua inauguração.


Cúrioso referir que normalmente se sacrificava um touro quando o imperador estava vivo, enquanto que se o sacrifício fosse feito em honra duma alma já partida, se sacrificava um boi.Esta hipótese acaba pois por corroborar a dedicação do Templo a Vespasiano, quem muito fez por Pompeia.


Curioso também referir que deste modo é feito um culto a um ser vivo e não a um Deus, exacerbando o grande homem e imperador que foi Vespasiano.: um grande Imperador, responsável pelo Grande Coliseum por ele feito.


De referir que a carne do animal sacrificado era normalmente comida pelos próprios adoradores ou vendida no mercado , ver corintios 8: 4pf e 10.25.


Mas o altar era dotado de outras faces:


Outra, com os instrumentos do Ritual ou Sacrifício:


No lado norte a toalha, (mantile), o bastão dos oráculos ou augurios (lituus) e a caixa para o incenso;


No lado sul, o prato (patera), a concha "mestolo" (simpulum) e a jarra, instrumentos litúrgicos usados pelos sacerdotes.
Noutro, uma coroa circular , a denominada coroa cívica, apoiada num escudo , representação da majestuosidade imperial.
A coroa cívica feita em louro e apoiada num escudo (clipeus) apela para o mesmo símbolo existente na casa do Palatino, pertencente a Augusto, símbolo que lhe foi concedido pelo Senado pelo seu reconhecimento. Pela sua majestuosidade enquanto imperador romano. A partir dessa altura , a coroa ganha uma grande importância uma vez que passa a ficar conotada como um troféu importante concedido aos verdadeiramente "importantes".
Prova disto é a sua dádiva como troféu duma competição desportiva, o que é recorrente a partir do Século I. A demonstrá-lo temos um mosaico existente em pompeia.


Apesar de ser algo perecível e algo efémero ou temporário, e por isso sobejamente criticado pelos cristãos da época
(«Coríntios I -9.24-25 .. obter uma coroa perecível, mas nós por uma coroa imperecível»)

o seu símbolo de PODER ficaria para toda a história, assim como para o próprio atleta.


Noutro face do Altar contemplam-se Flores e Frutas para o Banquete.

quanto à localização do Templo, importa referir a excelência da localização do altar, alinhada com a porta de entrada e com a própria cella, uma vez que a porta central conduz-nos para um espaço que se encontra precisamente de frente para o santuário interior, rodeado e protegido pelas suas 4 colunas.
De mencionar a grande importância do culto dado ao imperador, uma vez que se considerava um dever patriótico. É por este motivo que muitos cristãos, na tentativa de serem aceites pela religião romana, o que poderia acontecer se estes não aceitassem serem sacrificados, contribuirem para o templo, ou mesmo aceitarem os princípios romanos fossem considerados desterrados. É preciso não esquecer que para muitos cristãos uma escultura ou representação dum Deus poderia simplesmente representar uma peça de madeira ou de pedra sem significado algum, tal como lhes pareceria uma autêntica barbárie fazer um banquete num Templo que consideravam Sagrado. Esta actuação poderia ser uma prova sólida de que eram considerados ateus ou anti-patriotas.


De referir , por último, que Vespasiano foi pai de TITUS, o imperador vigente aquando da erupção do Vesuvio no ano 79, também ele dotado de um Templo.

Actualmente do edifício antigo resta apenas parte da Fachada Exterior.

Macellum (Pompeii)

Foto ainda em tratamento


(12) Macellum
Macellum, termo em Latim para designar Mercado, parece ser uma palavra de origem fenícia que significava recinto e que foi herdada pelos gregos e romanos posteriormente .

O Macelum construído na Idade Augusta, destinava-se à venda de géneros alimentícios, sobretudo carne e peixe e era o maior mercado de Pompeia. Era, no entanto, possível encontrar esses produtos em outros tipo de estabelecimentos donde individualmente se vendiam produtos como peixe, verduras, cereais (granaglie), legumes (forum olitorium), entre outros. Era muito usual, encontrar pequenas lojas como as Tabernae ou inclusive aceder à própria compra através de vendedores ambulantes.

O Macellum encontrava-se situado perto da esquina sudoeste da praça do fórum e ocupava o ângulo "Norte-Oriental" do mesmo.

Precedido por um Largo Pórtico num pátio,é usual atribuir-lhe 3 acessos ou entradas:

Uma, a principal, encontrava-se no lado ocidental do Fórum. A ela se acedia através duma porta dupla.Nela foram encontradas várias lojas, as designadas "Lojas do Fórum".

A Segunda, do lado setentrional ou no lado norte encontrava-se alinhada entre diversas lojas que rodeavam a Via degli Augustiali.

A Terceira, do lado sudoeste do Fórum, encontrava-se num beco lateral.
Na sua origem havia uma entrada para o "Vico del Balcone Pensile" que foi encerrada aquando da construção do Templo dos Lares.

O Pórtico do Macellum era constituído por uma zona descoberta e à volta dela encontravam-se lojas destinadas à venda. Algumas delas eram interiores, e outras exteriores.
Apesar de serem pequenos espaços, estavam dotados inclusivamente de um andar superior com varanda.
A sua praça interna media 37X27 m e no centro encontrava-se uma construção redonda ,da época do império, rodeada por 12 colunas (Tholos).

Origináriamente o Tholos era de madeira e a cubri-lo encontrava-se uma cobertura ou tecto sob a forma de cone. O pavimento esse era em pedra. Neste centro coberto encontrava-se uma fonte de água donde se encontravam os peixes, também eles destinados à venda.

Este Tholos foi posteriormente sujeito a várias transformações, assim como todo o Macellum, nomeadamente na época Giulio-Claudia, época em que o edifício sofre reconstruções no mesmo lugar e com planta semelhante.
Assiste-se assim à construção de novas fundações (como por exemplo a sistematização de 12 pilares em pedra para sustentar uma colunata), um novo andar, e um pavimento novo.

É por isso que, apesar do Macellum datar do último periodo da Era Sunita , as alterações mais recentes se localizam precisamente na época Giulio-Cláudia e também no ano 79 aquando da nova e última erupção.

As decorações (IV Estilo)ainda visíveis (lado norte e ocidental - parede noroeste) , todas elas datam dessa última fase de vida do edifício.

É curioso referir que as decorações diferiam. No Pórtico era comum encontrar representações da Mitologia Grega enquanto que nas Lojas encontrávamos representações do Rio Sarno e Paisagens de índole marítima, de donde eram oriundos os alimentos.

De salientar, que inicialmente, quando o edifício foi excavado entre 1818 e 1822, a função do edifício não se tornou imediatamente clara.
Uma vez que no próprio Macellum se celebravam cultos ao imperador e a toda a familia imperial , pensava-se que este era um Templo - um Templo dedicado a Augusto  ou até um panteão.

Não obstante e graças aos mais variadíssimos vestígios nele encontrados foi possível reconhecer o seu uso principal.
Assim e na sequência do que foi dito podemos precisamente referir o uso de 3 espaços (encontrados na parede oriental ou este) do edifício cuja função ou uso muito dariam muito que falar.

Ao centro encontrava-se o quarto central: a capela ou oratório. O designado "Sacellum", era no fundo um santuário dedicado ao culto imperial. A demonstrá-lo temos a descoberta dum braço duma escultura em mármore segurando um globo na mão.
Em dois dos 4 nichos da "cella" foram encontradas duas estátuas em mármore, uma masculina e uma femenina (no Museu de Nápoles) que se pensa serem retratos da familia do imperador ou há quem fale de alguma familia abastada mecenenas do macellum.

À esquerda, a nordeste encontrou-se um quarto com uma função igualmente sacra, uma vez que albergava um Tempietto e um pequeno altar destinado a banquetes de sacrifícios.

A outra sala, do lado sul-oriental (à direita) terá sido usada para a venda de peixe, uma vez que inclusivamente existia um contador em pedra (uma bancada em forma de U) sustentada na base por um canal de rego ou sistema de drenagem.

Entre os vestígios encontrados no Macellum podemos referir restos de espinhas e escamas de peixes pertencentes à fase inicial do edifício. Estes foram , por exemplo, encontrados no canal que conduzia a água do Tholos ao exterior do edifício. Também se encontraram vasilhames nas lojas exteriores ao Macellum; ou o esqueleto duma cabrita provavelmente vítima de algum sacrifício religioso.
Também nele foram encontrados "Casts" de vítimas no local.

Templo de Apollo (Pompeii)


(6) Templo de Apolo
O Templo de Apolo, edifício pertencente ao complexo  do Fórum, é um dos edifícios ou templos mais antigos da cidade juntamente com o Templo Dórico. Encontra-se no lado septentrional da Basilica e é o edifício mais importante à esquerda da Porta Marina.

O núcleo primitivo do templo foi edificado no Séc. VI a.c e parece existir desde que a cidade foi fundada. Sobreviveu pelo menos 3 séculos. Ainda se conservam da época vestígios em terracota pintada.

Posteriormente durante o reinado de Nero(Sec.I), , este foi ampliado e alterado. É este o motivo pelo qual apresenta caractéristicas gregas (colunata no interior da "cella")e Itálicas, contando-se entre estas o plano rectangular com um perímetro rodeado de 48 colunas.

O templo hoje visível data da Época Sunita, o que se pode confirmar pela inscrição existente en el umbral na "soglia" da cella do Questor Oppio Campano.

Como edifício envolvente ao Fórum, originariamente encontrava-se rodeado por 3 lados dum pórtico e foram precisamente algumas dessas colunas (com frisos doricos)  originalmente iónicas que foram transformadas em coríntias (revestimentos a estuque á não existentes) depois do terremoto de 62 d.c, tendo o Templo também sido transformado em Quadripórtico.
O vermelho, amarelo e azul dos capitéis coríntios são precisamente dessa época.
Data da mesma altura, a decoração mural do IV Estilo com imagens sobre a Guerra de Tróia da qual poucos vestígios restam.

Ao interior do Templo (de estilo itálico) acedia-se mediante um par de escadas frontais imponentes, encontrando-se o local mais sagrado num alto podium (época de Silla).

A "cella" encontrava-se rodeada por 30 colunas e era decorada por um mosaico pavimental  de pedras policromáticas, com cubos prospéticos (Scutulatum). Nela encontrava-se uma estátua do Deus Apolo e um "omphalos" em pedra - símbolo ou atributo do Deus  antigamente venerado no santuário de Apolo em Delfos, na Grécia.

Contraposto ao Pórtico encontramos uma representação pagã de "Apolo Arqueiro" (o original no Museu de Nápoles) e uma representação de sua irmã: Diana, caçadora.Curioso referir o estado da escultura em bronze de Apolo...apenas parecem faltar o arco e a seta que em tempos segurava.

Exterior ao templo, do lado esquerdo, e num dos locais donde se erigia uma das colunas iónicas do templo, é ainda possível encontrar um relógio de sol ou meridiana em mármore branco (época de Augusto).
Na parte superior da coluna, encontram-se inscritos os nomes dos que contribuiram para a sua contrucção e com a qual estes pensavam seriam recompensados pelo próprio Deus: Em Latim , o nome de L.Sepanius e M.Herennius - conselheiros da cidade (é preciso não esqueçer que este Templo era um dos edifícios de eleição dos grandes magistrados e das personagens mais influentes da cidade).

Da mesma época, a elevação do muro ocidental do Templo para ocultar a vista das casas vizinhas, ou os jogos em honra do Deus "I Ludi Apollinares".

Na parte frontal do Templo também se contempla um Altar em Mármore Branco da época Republicana. Encontra-se colocado numa base de Travertino e nele se contempla uma inscrição em Latim dos 4 "Quattorviri" que a dedicaram ao Templo.

É essencial referir que este Templo além de ser uma grande referência a nível de antiguidade, é também, um excelente exemplo dum típico templo romano.

O templo Grego erigia-se perto do chão e era dotado dum largo espaço interior para os crentes. Enquanto que o Templo romano apostava num largo espaço exterior para livre circulação dos transeuntes (capacidade para 1000 crentes)e um edifício/espaço interior  elevado do chão, ao qual apenas os sacerdotes eram autorizados a aceder, específicamente o Alto Sacerdote.

Ainda que este templo seja dedicado ao culto do Deus Apolo «Deus da Luz, do Sol, dos Oráculos, protector dos jovens, médico e antiga dividade grega» -o seu culto provinha de Cumae donde existia um famoso oráculo, há quem acredite que também Mercurio era aqui venerado, assim como Diana, a deusa da caça.

Ao Culto de Apolo também se pode juntar o do imperador Augusto. Nomeadamente pela sua adoração fervorosa a este Deus que, segundo este, o tinha levado à vitória de "Azio" contra a rainha Cleópatra e Marco António, no ano 31 a.c.

Na época em que o templo nasceu, o culto desenvolveu-se num espaço aberto com um par de altares sem se caracterizar propriamente dito como um verdadeiro templo típico de épocas mais tardias. Esta ocorrência só se daria com a própria restruturação da área envolvente ao forum.

De referir por último que em tempos Apolo considerado o padroeiro da cidade, foi posteriormente substituído por Vénus. Curiosamente a introdução do culto a este deus parece ter desvanecido o culto ao Deus Hércules. 

Há no entanto que atribuir também uma certa ambiguidade ao culto deste Deus. Não se sabe ao certo se era o protector da cidade ou o protector das actividades comerciais e da «fonte de sustento e riqueza» dos habitantes da própria cidade.

Por falar em cidade encontrará neste local uma das panorâmicas mais belas da cidade, com o Vesúvio "sempre presente" e inesquecível como pano de fundo.







Basilica













(5) Basílica

Na área envolvente ao Fórum, erigia-se a Basílica.
De planta regular e dividida em 3 naves, foi construída na 2ª metade do S.II a.c, contendo ainda decorações do Iº Estilo.

Local donde se administrava a Justiça Civil, discutiam-se aqui as grandes contratações  económicas, sendo um dos edifícios publicos mais importantes da cidade.

Ao fundo da Basílica encontrava-se o Tribunal, donde normalmente se sentavam os magistrados.

Inicialmente foi um edifício coberto, de modo a proteger os transeuntes das intempéries do tempo, uma vez que inclusivamente quando chovia, este se encontrava aberto ao público